domingo, 7 de fevereiro de 2010
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Reflexões:
Análise da Identidade em Sites Sociais
Esta actividade tinha como objectivo identificar as marcas identitárias da adolescência em sites sociais de jovens e era solicitado que, em grupo, elaborássemos uma grelha de análise de marcas identitárias nesses sites sociais. Inicialmente, senti-me um pouco perdida pois não percebi bem como é que iria conseguir aceder a sites sociais de jovens e como iria construir a grelha. Ajudou-me o facto de ser um trabalho em grupo e de ser possível a partilha e a cooperação.
Esta imagem retrata a partilha e a cooperação que o mundo digital torna
cada vez mais extensível
Para conseguir aceder a estes sites, recorri ao meu filho mais velho(16 anos), que me ajudou não só no acesso mas também na busca dessas marcas identitárias. Foi uma partilha muito enriquecedora ( mãe/ filho) pois permitiu-me perceber o que leva a maioria dos jovens a publicar as suas fotos e alguma informação pessoal em sites sociais: a publicação de conteúdos online fá-los sentir-se competentes, autónomos, senhores de um espaço social, que gerem para além do controlo dos pais, sendo uma forma de se afirmarem socialmente.
Verifica-se que neste site social, os jovens preocupam-se muito com a imagem que projectam, sobretudo imagem física ( fotos) e procuram a auto promoção dessa imagem e a validação social por parte da audiênca.
Participação no fórum discussão:
Nesta última actividade, optei por destacar uma das minhas intervenções por constatar e reforçar a ideia de que, na qualidade de professores, é imprescindivel estarmos atentos às mudanças e mantermo-nos actualizados. Constatar que há uma dimensão digital que os professores não podem esquecer de trabalhar com os alunos, seja na sala de aula ou na biblioteca da escola.
É difícil prevermos o alcance destas mudanças: levarão ao distanciamento físico ou à aproximação de pessoas/ jovens outrora sós? Estarão os jovens, apenas, a construir uma nova forma de estar no mundo?
Seguindo a vossa perspectiva e a de Susannah Stern, penso que devemos apreciar o valor das manifestações dos adolescentes na internet e prestar muita atenção à expressão dos jovens online, pois trata-se de uma perspectiva valiosa para perceber o papel das novas tecnologias na mudança dos adolescentes na actualidade.
Será uma forma de, pelo menos, estarmos atentos às mudanças!
MHBrígida
Media Digitais e Construção da Identidade Social
Para realizar esta actividade, juntei-me às colegas Raquel e Conceição, formando o grupo 2. Escolhemos o texto Producing sites, exploring identities. Youth authorship, de Susannah Stern (texto 2).
Trata-se de um estudo muito interessante, feito a partir da recolha de evidências (com base em centenas de entrevistas feitas a jovens entre os 12 e os 21 anos), confirmando que mais de metade dos jovens já partilharam algum tipo de conteúdo online, inclusivamente já partilharam as suas vidas na internet e que, comparativamente aos adultos, os jovens produzem mais do dobro de sites pessoais.
Neste estudo, a autora propõe que se dê uma especial atenção a este fenómeno, considerando-o como uma forma significativa de produção cultural durante a adolescência e repudia a atitude de desdém, sentimento de apreensão ou de crítica vigorosa comum por parte dos adultos.
A autora encara, neste texto, o fenómeno sob uma perspectiva diferente, tentando perceber o " porquê".
-Por que é que os jovens valorizam tanto a expressão do " eu" na internet?
Apresento aqui o quadro, em anexo ao nosso trabalho, que pretendeu ser uma síntese das principais ideias contidas no texto sobre o tema em estudo neste fórum:
[...]Gostaria apenas de reforçar um aspecto que considerei muito interessante e que confirma a minha opinião pessoal sobre o assunto. Ao contrário do que muitos temem, os jovens de hoje não sabem menos do que os de antigamente, não fazem menos, sabem e fazem de forma diferente. Os dois estudos apresentados comprovam este facto.
Os jovens, quando confrontados com situações autênticas, empenham-se e procuram resolvê-las tomando posições e defendendo-as; muitas vezes recorrendo a aprendizagens já feitas, outras vezes, activando mecanismos que acabam por produzir novas aprendizagens. Se colocarmos um jovem perante uma situação e o envolvermos na sua resolução e, além disso, lhe solicitarmos o recurso aos MDC, que fazem parte do seu mundo social, teremos, sem dúvida, sucesso.
As tecnologias estão ao serviço da aprendizagem e não faz sentido que no mundo de hoje assim não seja. Os jovens continuam a surpreender-nos, a nós que vamos perdendo a capacidade de nos surpreender e que, por vezes, não os valorizamos, tentando protegê-los em demasia. É necessário continuar a dar-lhes oportunidades para que possam desenvolver-se enquanto pessoas. Os dois estudos mostram que isso é possível aliado ao uso das novas tecnologias.